
Ainda não estou em mim. Na noite passada faleceu o Dr. Pina, o cirurgião que realizou o transplante do Miguel. Já aqui falei muitas vezes dele, pois além de um profissional excelente, sempre foi de uma grande amabilidade e dedicação pessoal. Costuma-se dizer que as pessoas são insubstituíveis, mas o Dr. Pina era uma dessas pessoas, sem dúvida. Tenho muitas memórias dele, e tenho um respeito infinito pelo seu trabalho. Desde a primeira consulta, já lá vão uns 4 anos, transmitiu-nos muita confiança, conhecimento, experiência e, sobretudo, honestidade. Sempre nos apresentou todos os factos com clareza, sem esconder eventuais problemas ou complicações. Sempre teve tempo para nós. Respondia a todas as questões. Sempre olhou para o Miguel com uns olhos bondosos e generosos, de quem sabia que tinha nas suas mãos a capacidade para tornar melhor a vida e o mundo do Miguel.
Era incansável. Passava dias e noites no hospital. Quando o Miguel esteve internado, recebemos a visita diária do Dr. Pina. Mesmo no domingo, apareceu vestido "à civil", mas apareceu. E as enfermeiras confirmaram a sua dedicação aos doentes. Aqui há 2 anos, quando o Miguel teve o seu "ameaço de transplante", que não chegou a acontecer, a cirurgia iria começar por volta das 23 horas de um domingo. Lembro-me de lhe dizer que já era tarde e de ele me responder que trabalhava melhor pela noite fora. Lembro-me da forma desolada como nos veio dar a notícia de que não iria poder usar o rim no Miguel. Estava mais desconsolado do que nós próprios. Demorou a tomar essa decisão e não a tomou de ânimo leve. Mas, mais uma vez, só aumentou a confiança e o respeito que temos por ele.
Sempre que passava por nós no hospital fazia questão de nos falar e tinha sempre uma palavra ou comentário simpático.
Já o sabia, mas hoje fiquei convicta de que foi realmente um privilégio conhecer este Senhor e beneficiar da sua experiência e sabedoria. Na noite em que nos chamaram para o transplante do Miguel, antes de decidirmos se íamos, perguntámos se seria o Dr. Pina a fazer o transplante. Não nos deram a certeza, mas só descansámos quando nos disseram que sim e o vimos de manhã, confiante. O transplante até poderia ter corrido igualmente bem com outro cirurgião, mas só no Dr. Pina entregámos o nosso filho sem reservas.
Poderia estar aqui a "falar" do Dr. Pina parágrafos e parágrafos... Um bom homem, que além de um legado profissional de excelência, deixa ainda 5 filhos pequenos. Uma perda irreparável.
Descanse em Paz, Dr. Pina. Já ganhou o seu cantinho no Céu.
Era incansável. Passava dias e noites no hospital. Quando o Miguel esteve internado, recebemos a visita diária do Dr. Pina. Mesmo no domingo, apareceu vestido "à civil", mas apareceu. E as enfermeiras confirmaram a sua dedicação aos doentes. Aqui há 2 anos, quando o Miguel teve o seu "ameaço de transplante", que não chegou a acontecer, a cirurgia iria começar por volta das 23 horas de um domingo. Lembro-me de lhe dizer que já era tarde e de ele me responder que trabalhava melhor pela noite fora. Lembro-me da forma desolada como nos veio dar a notícia de que não iria poder usar o rim no Miguel. Estava mais desconsolado do que nós próprios. Demorou a tomar essa decisão e não a tomou de ânimo leve. Mas, mais uma vez, só aumentou a confiança e o respeito que temos por ele.
Sempre que passava por nós no hospital fazia questão de nos falar e tinha sempre uma palavra ou comentário simpático.
Já o sabia, mas hoje fiquei convicta de que foi realmente um privilégio conhecer este Senhor e beneficiar da sua experiência e sabedoria. Na noite em que nos chamaram para o transplante do Miguel, antes de decidirmos se íamos, perguntámos se seria o Dr. Pina a fazer o transplante. Não nos deram a certeza, mas só descansámos quando nos disseram que sim e o vimos de manhã, confiante. O transplante até poderia ter corrido igualmente bem com outro cirurgião, mas só no Dr. Pina entregámos o nosso filho sem reservas.
Poderia estar aqui a "falar" do Dr. Pina parágrafos e parágrafos... Um bom homem, que além de um legado profissional de excelência, deixa ainda 5 filhos pequenos. Uma perda irreparável.
Descanse em Paz, Dr. Pina. Já ganhou o seu cantinho no Céu.